sexta-feira, 9 de março de 2012

“Dar razões da própria esperança” (1Pd 3, 15)

Sex, 09 de Março de 2012 09:07 por: cnbb 
Dom Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)

Queridos Jovens,
É necessário percorrer um caminho de preparação espiritual e apostólica se realmente desejamos que os frutos da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 possam amadurecer e transformar as nossas vidas. Devemos trilhar num itinerário de oração e de trabalho para que as palavras do Santo Padre, o Papa, e o encontro renovador em Cristo e com os irmãos do mundo inteiro possam dar frutos de vida eterna. Se não estivermos atentos, poderemos facilmente fazer parte da multidão que gritava “Hosana” no Domingo de Ramos e “crucifica-o” na Sexta-Feira Santa.
Desejo peregrinar com vocês e, para isso, gostaria de propor uma breve reflexão sobre o tema da primeira Jornada Mundial da Juventude: "Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês" (1Pd 3, 15).
Ele foi escolhido pelo Beato João Paulo II em 1986. Quando no dia 23 de março, no Domingo de Ramos, as dioceses do mundo inteiro realizaram a I Jornada Mundial da Juventude.
Lendo o convite de São Pedro a dar razões de nossa fé, a primeira coisa em que pensamos é como defender nossa fé contra aqueles que a denigrem. Pensamos em uma apologética da fé, que consiste apenas em embates e discussões para demonstrar a verdade. Este tipo de missão é necessário e importante, sem dúvida, mas deve ser executada por amor às pessoas a quem Deus ama.
Porém, muitas vezes nos esquecemos de que a primeira e fundamental missão e apologética que podemos e devemos realizar é a do testemunho de nossa fé através do exemplo. Um jovem de verdadeira identidade católica é aquele que transmite nas pequenas tarefas do dia a dia o sopro da graça Divina. Um jovem católico é alegre e entusiasta, é capaz de escutar a todos e falar com vivacidade de Cristo. É aquele que em casa apoia a família, e na escola se esforça por estudar, respeita os seus professores e é cordial com todos os funcionários da Escola em que estuda. E se o adolescente pratica algum esporte, é sinal de caridade e harmonia. Com a namorada ou o namorado coloca todos os meios necessários para viver com santidade esta etapa importante da vida. É também aquele que consegue ver com os olhos da fé os problemas sociais, familiares, psicológicos e dificuldades várias que passa na vida.
Não deixemos nos enganar pelo inimigo, porque o demônio nos ronda e nos tenta. Apologética deve supor a vivência pessoal da fé, senão fica completamente vazia. Verdade sem caridade transforma-se numa mentira, pois não respeita o outro enquanto criatura amada e querida por Deus. Cristo nos deu diversas lições sobre isto. É completamente evangélica a frase: “Rejeitar o pecado, mas não o pecador”. Querendo arrancar a erva daninha, muitas vezes poderemos arrancar a boa semente.
A caridade sem verdade é falsa. Pois só na verdade existe a real caridade em sentido evangélico e cristão. Por isso, é importante sair da infantilidade da fé. Isso ocorre quando cometemos a injustiça de querer enfrentar os questionamentos do mundo tendo a formação infantil. Daí a importância do Ano da Fé pedido pelo Papa Bento XVI.
É triste perceber que existem excelentes profissionais católicos, com um alto padrão de formação e especialização que exige seu campo de atuação, mas que possuem um conteúdo catequético raquítico, desnutrido. É uma tremenda injustiça com a Igreja e com Cristo.
Então, o que fazer? Não podemos ficar com os braços cruzados. É necessário levar a boa nova de Cristo a todas as criaturas. E não há melhor modo de fazer isto do que através de gestos de amor, entrega, trabalho e doação.
É necessária a inteligência da fé. A Igreja possui dois mil anos de história e tradição. Carrega um patrimônio humanístico, cultural, filosófico e teológico únicos. Temos o Catecismo da Igreja Católica e o Compêndio do Catecismo. Temos os Santos Padres da Igreja. As encíclicas papais, os documentos dos concílios. É necessário saber dar razões de nossa fé, mas para isto é necessário estudá-la e aprofundá-la sempre e cada vez mais.
Nossa fé não é puro sentimento ou apenas a invenção de um grupo de homens piedosos. Existe a racionalidade da fé. E no Catolicismo esta inteligência da fé possui uma densidade tal, que seria um pecado de omissão não conhecer e estudar.
Peguemos as primeiras palavras do evangelho de São João. O que encontramos lá? “No princípio era o Verbo” (Jo 1,1). Uma das grandes questões que movia a mente dos filósofos gregos era a que versava sobre o princípio e fundamento de todas as coisas. Por que as coisas existem? Qual é o fundamento delas? João apresenta Cristo como o Verbo, o fundamento de todas as coisas que os gregos durantes séculos buscavam. Cristo é o verdadeiro logos, a razão. No cristianismo, Cristo é a razão encarnada.
São palavras belíssimas do evangelista, que devem encher nosso coração de alegria e entusiasmo por nossa fé. Ela não é irracional ou puro sentimento. Ela é sentido e razão de ser de todas as coisas. Não carreguemos em nossas almas algum sentimento de inferioridade. Não se deixem seduzir por intelectualismos vazios. Conheçam a fé que professam.
Preparem-se bem para a Jornada Rio 2013 através de uma vida verdadeiramente cristã, que seja sal e luz e possa atrair a todos pela beleza de seus gestos e palavras. Preparem-se conhecendo mais profundamente a doutrina e a tradição da Igreja. Sempre há um motivo e uma razão para a Igreja defender certa posição. Antes de criticá-la, busque conhecer as razões. Devemos viver nossa fé com todo nosso ser, com nossa alma, com nossa inteligência e com o nosso coração. A Igreja ofereceu aos jovens o catecismo adaptado à sua linguagem e, em Madri, entregou a todos os inscritos para a Jornada um exemplar em sua própria língua.
Dar razões de nossa fé é, sobretudo, viver integralmente o cristianismo. Muito me alegram os inúmeros grupos de jovens que utilizam as redes para a formação cristã. Parabéns pela iniciativa! E felicito todos os jovens que estão levando a sério a preparação para a Jornada Mundial, através de encontros de oração, reflexão, partilha e missão. Motivo todos a continuarem por esse caminho, que só tem a enriquecer a vida de vocês.
Que Cristo, o Logos encarnado, nos ilumine para que possamos no dia a dia de nossa vida dar razões de nossa esperança.

Dom Lorenzo Baldisseri é nomeado Secretário do Colégio Cardinalício

Qua, 07 de Março de 2012 14:55 por: cnbb 

domlorenzojmj
O papa Bento XVI nomeou, nesta quarta-feira, 7, o arcebispo italiano dom Lorenzo Baldisseri, 72 anos, o novo Secretário do Colégio Cardinalício. Dom Lorenzo foi núncio apostólico no Brasil por nove anos.
Dom Baldisseri é atualmente o Secretário da Congregação para os Bispos. Nascido na cidade toscana de Barga, foi ordenado sacerdote em 1963 é formado em Direito Canônico. Em 1973 entrou no serviço diplomático da Santa Sé e desempenhou missões nas representações pontifícias de Guatemala, Japão, Paraguai, Haiti, França, Zimbábue, além do Brasil.
Em 1992 foi nomeado Núncio Apostólico no Haiti, em 1995 no Paraguai e em 1999 na Índia e Nepal. Em 12 de novembro de 2002, João Paulo II nomeou dom Baldisseri Núncio no Brasil, cargo que ocupou até 11 de janeiro passado.
Atualmente, o Colégio Cardinalício é presidido pelo cardeal Angelo Sodano e é formado por 214 cardeais, dos quais 125 podem participar em um eventual conclave, por terem menos de 80 anos.
Como estabelece a normativa vaticana, apesar de não poderem entrar na Capela Sistina, onde se realizam os conclaves, para eleger o papa, podem ser eleitos.

Nota da CNBB pelo Dia Internacional da Mulher

Qui, 08 de Março de 2012 13:55 por: cnbb
Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília-DF, de 7 a 9 de março, saudamos todas as mulheres pela celebração do Dia Internacional da Mulher. Alegra-nos perceber que, cada dia mais, cresce a consciência da dignidade da mulher e de sua específica contribuição na construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária.
Esta data histórica nos convida, antes de tudo, a agradecer às mulheres por sua vocação e missão na Igreja e no mundo.
Servimo-nos, assim, da Carta às Mulheres, do Beato João Paulo II, para dizer nosso obrigado à mulher-mãe, que se faz ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência única e que se torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz; à mulher-esposa, que une o seu destino ao de um homem, numa relação de recíproco dom, ao serviço da comunhão e da vida; à mulher-filha e mulher-irmã, que levam ao núcleo familiar, e depois à inteira vida social, as riquezas da sua sensibilidade, intuição, generosidade e constância; à mulher-trabalhadora, empenhada em todos os âmbitos da vida social, econômica, cultural, artística, política, pela contribuição indispensável que dá à elaboração de uma cultura capaz de conjugar razão e sentimento, à edificação de estruturas econômicas e políticas mais ricas de humanidade; à mulher-consagrada, que se abre com docilidade e fidelidade ao amor de Deus; à mulher, pelo simples fato de ser mulher que, com a percepção que é própria da sua feminilidade, enriquece a compreensão do mundo e contribui para a verdade plena das relações humanas (cf. Carta às Mulheres. João Paulo II, 1995).
Nosso agradecimento se estende também às mulheres cuja presença e atuação marcam fortemente a vida da nossa Igreja. Sua vocação evangelizadora, vivida no exercício dos vários ministérios, é fundamental à Igreja no desempenho de sua missão de tornar presente entre nós o Reino de Deus.
O Dia Internacional da Mulher nos conclama, ainda, a aplaudir as mulheres por suas conquistas ao longo de uma história marcada pela discriminação e pelo preconceito. É cada vez mais forte sua presença na família, no mundo do trabalho, na ciência, na educação, na política, na Igreja e na sociedade. Somos testemunhas do papel decisivo da mulher no processo da redemocratização do País. Não sem razão, comemoramos em 2012 os 80 anos do voto feminino, uma conquista histórica.
Apesar dos grandes avanços obtidos pelas mulheres, o Dia 8 de março continua a ser uma data para recordar e denunciar as inúmeras situações de violação de seus direitos e de sua dignidade. Milhares delas são vitimas da discriminação, do desrespeito étnico-cultural, do tráfico para exploração sexual e laboral e de inúmeras outras formas de violência. Para muitas, o lar, lugar sagrado de proteção, converteu-se em espaço de dor e sofrimento. A Lei Maria da Penha é outra vitória das mulheres, que vem combater esta violência doméstica de que são vítimas.
Neste contexto, a CNBB reafirma o apelo do Documento de Aparecida: “É urgente escutar o clamor, muitas vezes silenciado, de mulheres que são submetidas a muitas maneiras de exclusão e violências em todas as suas formas e em todas as etapas de suas vidas” (Documento de Aparecida n. 454).
Que Maria, modelo de mulher, seja sempre inspiração para todas as mulheres na vivência de sua vocação ao amor e ao cuidado da vida, em todas as suas dimensões, lutando por uma sociedade igualitária, de fraternidade e de paz.
Brasília – DF, 8 de março de 2012
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Festa de São José - Crato - CE

Novena do dia 07/03/2012, no Aniversário do Seminário São José Crato-CE, 137 anos de história. Cantada solenimente pelo coral Iesus Salvator.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Administrador Apostólico de Natal (RN) fala do evento "Bote Fé"

Qui, 09 de Fevereiro de 2012 13:24 / Atualizado - Qui, 09 de Fevereiro de 2012 13:40 por: CNBB 

Dom_Matias_Patricio_Jose_Bezerra_014



















Dom Matias Patrício de Macedo, administrador apostólico de Natal, a realização do evento "Bote Fé" mostra a importância da Arquidiocese na história da Igreja no Brasil, já que foi aqui que nasceram iniciativas como a Campanha da Fraternidade e o Movimento de Educação de Base. “Creio que será um marco para a juventude no Brasil, que está precisando de momentos singulares nos quais eles possam se sentir agentes, animadores e corresponsáveis”, afirmou o bispo.
O show acontecerá na Arena Bote Fé, montada na praia do Forte, na capital potiguar. “Será a primeira vez que as maiores expressões católicas da música se reúnem em um mesmo palco”, destaca o padre Carlos Sávio Ribeiro, assessor nacional para a Juventude da CNBB e coordenador geral do projeto Bote Fé, que promove a preparação das dioceses de todo o Brasil para a JMJ Rio 2013.
Arena_Bote_Fe_014Programação – Os portões da Arena Bote Fé serão abertos a partir das 13 horas desta sexta-feira. O show começa às 17 horas, com a chegada da Cruz da JMJ e do Ícone de Nossa Senhora. Participam do evento os padres Zezinho, Fábio de Melo, Reginaldo Manzotti, Marcelo Rossi, Joãozinho, Antônio Maria e Robson de Oliveira. As bandas Dominus, Rosa de Saron, Anjos de Resgate, os ministérios Shalom e Adoração e Vida, e o grupo Cantores de Deus. Também participam os cantores Zé Vicente, Eros Biondini, Irmã Kelly Patrícia, Diego Fernandes, Olívia Ferreira e Eliana Ribeiro, entre outros.
“Esta diversidade de artistas católicos que vai se apresentar aqui mostra a nossa diversidade e unidade, que gera a comunhão e a participação. É um sinal eloqüente do rosto da Igreja, do que ela é: unida na diversidade, anunciando Jesus Cristo”, avalia dom Matias.

Ordenação Epsicopal do novo bispo de São Raimundo Nonato (PI)

Qui, 09 de Fevereiro de 2012 12:48 por: CNBB/ARQUIDIOCESE DE VITORIA DA CONQUISTA
novo-bispo-sao-raimundo-nonato-piaui

A Arquidiocese de Vitória da Conquista (BA) e a Diocese de São Raimundo Nonato (PI) anunciam a Ordenação Episcopal de Monsenhor João Santos Cardoso. A solene Celebração Eucarística acontecerá domingo dia 12 de fevereiro às 09h00, no Ginásio de Esportes Raul Ferraz, em Vitória da Conquista.
Filho de João Francisco Cardoso e Maria Ferreira dos Santos, Monsenhor João Cardoso iniciou sua formação em Dário Meira, tendo concluído o bacharelado em Filosofia no Seminário Maior do Nordeste de Minas em Teófilo Otoni (MG) e o bacharelado em Teologia no Instituto de Ilheús (BA). Dentre suas graduações, também inclui Licenciatura em Filosofia no Centro Universitário da Assunção (UNIFAI) SP; e o mestrado e doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Itállia.

Monsenhor João Cardoso foi ordenado sacerdote da Arquidiocese de Vitória da Conquista em 1986, e nesta mesma Arquidiocese exerceu vários ofícios e ministérios. Atualmente é Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças da cidade de Vitória da Conquista; Professor e Diretor do Instituto de Filosofia Nossa Senhora das Vitórias; Membro do Colégio de Consultores, do Conselho Presbiteral, do Conselho de Formadores e do Conselho Pastoral Arquidiocesano; Coordenador Arquidiocesano de Pastoral; Vigário Regional do Vicariato São Lucas e Representante do Clero no Conselho Regional dos Presbíteros (CRP).

Além de suas atividades pastorais e religiosas, Monsenhor João Cardoso foi professor de Filosofia e Ética na FTC (Vitória da Conquista, 2003-2007), professor de Filosofia na Faculdade Juvêncio Terra (Vitória da Conquista, 2005-2009), presidente da Fundação Edvanda Maria Teixeira, e, desde 2005, é professor adjunto do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui artigos publicados na área de Filosofia e Ciências Humanas em periódicos, obras coletivas, anais de congressos, colóquios e simpósios.
ORDENAÇÃO EPISCOPAL

Data: 12 de fevereiro de 2012
Local: Ginásio de Esportes Raul Ferraz, em Vitória da Conquista-BA

Ordenante Principal:
Dom Frei Luís Gonzaga Silva Pepeu, OFMCap (Arcebispo Metropolitano de Vitória da Conquista)

Co-ordenantes:
Dom Celso José Pinto da Silva (Arcebispo Emérito de Teresina)
Dom Geraldo Lyrio Rocha (Arcebispo Metropolitano de Mariana)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

A mensagem de dom João Braz de Aviz para o Dia Mundial da Vida Consagrada

Qui, 02 de Fevereiro de 2012 15:28 por: cnbb 
mensagembrazdeaviz
A Igreja celebra hoje, 2 de fevereiro, a Festa da Apresentação de Jesus no Templo e, por inspiração desta celebração, é comemorado também o Dia Mundial da Vida Consagrada, proclamado pelo papa João Paulo II, em 1997.
A liturgia celebra a experiência de Maria, que, em obediência à lei, foi ao Templo passados 40 dias do nascimento de Jesus, para apresentá-lo ao Pai e cumprir o rito da própria purificação.
A festa da Apresentação de Jesus no Templo é o momento em que “se manifesta a consagração de Jesus a Deus Pai”. Sobre esta Festa e o Dia Mundial da Vida Consagrada, o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, dom João Braz de Aviz, falou com a Rádio Vaticano.
Segundo dom João, os consagrados são aqueles que, tendo entendido um olhar especial do Senhor, dizem um ‘sim’ a Ele. “Os consagrados sabem que muitas vezes passam por estradas de portas estreitas, lugares difíceis, mas sentem o chamado como um apelo forte de amor, e como descobriram que Deus os ama intensamente, na Igreja, ao lado de todas as outras vocações, eles, consagrados ao senhor, procuram ser sinal de luz que Deus é para todos os povos”, disse.
O Dia Mundial da Vida Consagrada foi estabelecido após a Exortação Apostólica Pós-sinodal “Vita consecrata”, assinada por João Paulo II, em 25 de março de 1996. O documento reflete sobre a vida consagrada e sua missão na Igreja e no mundo.
“Ao longo dos séculos nunca faltaram homens e mulheres que, dóceis ao chamado do Pai e à moção do Espírito, elegeram este caminho de especial seguimento de Cristo, para dedicar-se a Ele com coração 'indiviso' (1 Co 7, 34)”, recordava João Paulo II na introdução de “Vita consecrata”.
Em São Paulo
O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, expressou através de uma mensagem a importância e o significado destas celebrações. No documento, ao se referir à Festa da Apresentação do Senhor, o cardeal afirma que “com luzes e velas acesas nas mãos, agradecendo a Deus pelo Natal de Jesus, há pouco celebrado, e pela consolação e esperança que se renovam com a recordação da permanente fidelidade de Deus às suas promessas e ao seu amor salvador”. E que, como a Igreja, devemos olhar para Maria como “a Mãe de Jesus, Nossa Senhora da Luz, que trouxe ao mundo a ‘luz que ilumina todo homem que vem a este mundo’...”.
Aos religiosos e religiosas, dom Odilo afirma que eles fazem “resplandecer a luz de Cristo e do Evangelho no mundo” e que seu testemunho é necessário para a Igreja. O arcebispo afirma, ainda, que, mesmo que as pessoas não compreendam a vida religiosa, todas elas se sentem, de alguma forma, questionadas pelo testemunho da Vida Consagrada.

Encontro dos Presbíteros promove reflexão sobre identidade e espiritualidade

ENP_aberturaQui, 02 de Fevereiro de 2012 11:55 / Atualizado - Qui, 02 de Fevereiro de 2012 16:16 por: cnbb 

Mais de 500 sacerdotes e bispos participam do 14º Encontro Nacional de Presbíteros (ENP), cuja abertura ocorreu na noite desta quarta-feira, 1º de fevereiro, no auditório Padre Noé Sotillo, no subsolo do Santuário Nacional, em Aparecida (SP) e segue até o dia 7. A oração inicial foi dirigida pelo arcebispo de Palmas (TO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB, dom Pedro Brito Guimaraes.
Em seu discurso, dom Pedro enfatizou que o ENP é uma particularidade da Igreja no Brasil. “É uma mobilização do clero brasileiro que é uma benção, uma dádiva de Deus”. Para o bispo, o encontro é um momento privilegiado de convivência, formação e troca de experiências. Ele destacou a força da assembleia, por sua representatividade. “Estão reunidos representantes das 275 dioceses do Brasil, sendo de grande importância e valor para auto-estima do clero e para o seu crescimento espiritual”, avaliou.
Reflexão
Para o presidente da Comissão Nacional dos Presbíteros, padre Francisco dos Santos, o evento é uma oportunidade de renovação da vocação presbiteral. “Nossa missão é evangelizar, com a Palavra, a vida e o testemunho”. Ele convidou os participantes a ficarem atentos ao tema da reflexão do encontro. “Neste clima pós-moderno, em que a identidade e a espiritualidade perderam consistência, coloca-se o tema da reflexão do nosso encontro. Deparamo-nos com a necessidade de dizer quem somos, e porque aqui estamos. O desafio é a busca de novos caminhos”.
Também a respeito da temática em discussão, dom Pedro lembrou da atualidade da questão que já foi abordada em encontros anteriores. “O diferencial é este tempo de mudança de época que estamos vivendo. É um desafio para a Igreja hoje dar uma resposta para a pergunta sobre o futuro do cristianismo no mundo de hoje”. Na solenidade de abertura, foi justificada a ausência do padre João Batista Libâneo, que colaborou de forma fundamental no texto-base do encontro, mas que está doente. Padre Jésus Benedito dos Santos, que é o outro assessor do encontro, conta agora com a colaboração do padre Manoel José Godoy.
Acolhida
O Santuário Nacional de Aparecida se preparou de uma forma especial para acolher este encontro. “Os padres aqui se reúnem a exemplo dos bispos, que também fazem em Aparecida a sua assembleia anual, e são muito bem vindos”, afirmou o reitor do Santuário, padre Darci José Niciolli. Ele trouxe a saudação do cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis, e enfatizou a importância do povo acompanhar o encontro do clero. “O contato com os romeiros favorece a reflexão e mostra a cara dos presbíteros do Brasil. Espero que o povo sinta que o pastor de sua paróquia, de sua comunidade, está reunido, estudando, está formando também comunidade, aqui na casa da Mãe Aparecida que abençoa os seus filhos queridos, os sacerdotes”.
Na manhã desta quinta-feira, os participantes concelebram a eucaristia, no altar central do Santuário Nacional. Na missa, no espírito da liturgia de hoje, festa da Apresentação do Senhor, dom Pedro refletiu sobre a dimensão da oferta do Cristo. “A vida de Jesus é como uma vela que se consome, se entrega, se doa. Todos nós também poder ser luz onde vivemos”. Com a benção das velas, bispos, padres e demais fiéis participaram da procissão e benção do Santíssimo Sacramento. O encontro segue, no subsolo do Santuário, com o colóquio do padre Manoel e a discussão em grupo.