No dia 7 de dezembro de 1943, Silvia Lubich, jovem professora, jamais teria imaginado que, alguns decênios mais tarde, quatro Papas teriam pronunciado palavras muito comprometedoras sobre a sua pessoa e sobre a sua família espiritual.
Não tinha nenhuma ideia do que teria visto e vivido em seus 88 anos de vida. Não podia calcular os milhões de pessoas que a seguiriam. Não imaginava que com os seus amigos chegaria a 182 nações.
Teria podido pensar que iria inaugurar uma nova era de comunhão na Igreja e que teria aberto canais de diálogo ecumênico nunca antes percorridos? E muito menos podia imaginar que na sua família teria acolhido fieis de outras religiões, pessoas sem uma referência religiosa. Aliás, não tinha nem mesmo a ideia que teria fundado um movimento.História do Movimento
Os “últimos confins da Terra”, e nada menos.
Trento, 1944, festa de Cristo Rei.
Terminada a Missa, Chiara e as suas primeiras companheiras reúnem-se ao redor do altar, e quase sem entender o alcance do que estão fazendo, pedem a Deus que seja atuada, também através delas, uma frase que tinham escutado durante a liturgia:«Pede-me e eu te darei as nações por herança e estenderei o teu domínio até as extremidades da terra» (Sal 2,8).
«Tu sabes como realizar a unidade – elas dizem –. Nós estamos aqui. Se queres, usa de nós».